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16 novembro 2014

Introdução Alimentar da Carol: O começo

Minha família não aguentava mais esperar. Todos queriam ver a Carol se lambuzando de papá. Eu era cobrada constantemente por isso, mas eu e meu esposo fomos firmes no propósito; Amamentação exclusiva até os 6 meses. E foi assim que chegamos ao 6º mês de vida da Ana Carolina, ela pesava 6.500kg quando começou a comer. É claro que eu também tinha expectativas, por isso, vinha me preparando para iniciar a IA com meses de antecedência. Mergulhei em vários blogs e grupos de facebook, escolhi os principais que me ajudam todos os dias com muitas informações importantíssimas, sugestões e receitas bacanas.

Nossos Princípios

O primeiro passo para entender e fazer funcionar essa nova fase da melhor maneira possível, foi dado ainda na gravidez, quando eu, junto com o meu marido, decidimos que tipo de alimentação queríamos para a Carol. Escolhemos praticar uma alimentação consciente e saudável. Ficou claro que, para que ela se alimente dessa forma e com sucesso, nós também precisamos fazer o mesmo. Porque né, todo sabe - ou deveria saber - que criança aprende através do exemplo. Uma mudança na alimentação familiar precisou ser feita. Queremos plantar nela o desejo e a satisfação pela comida saudável. Muitas verduras, legumes, sucos naturais e água. Carboidratos e proteínas na medida certa. E temos um motivo forte pra querer tanto isso. Ambos temos problemas com peso, alimentação desregrada. Enfrentamos todos os dias, várias dificuldades por conta disso. Como pais, sempre queremos o melhor para os nossos filhos, então a chegada da Carol mexeu (e continua mexendo) nessa parte da nossa vida também. Não, não queremos criar uma menina fresca, enjoada, proibida de chegar perto de uma pizza. Ela vai comer cachorro quente, brigadeiro, coxinha; E sei que um dia, por mais que eu não queira, ela vai acabar experimentando refrigerante. Também sei que não vou ficar colada nela para sempre, em algum momento, terá que fazer escolhas sozinha. Meu trabalho é para que ela goste mais, prefira o saudável. Que ela deixe as baboseiras/gordices/delícias proibidas para de vez em quando, para o fim de semana. Entende? Bem, para os primeiros meses alimentares da Carol, temos pelo menos três regras bem definidas, do tipo imutáveis, e eu não abro mão de jeito nenhum:

1º- Nada de industrializados;
2º- Nada de açúcar;
3º- Nada de 'comida de gente grande'.

Ou seja, nada de papinhas com conservante químicos, petit suisse (siiiim, tô falando de DANONINHO e similares), farinhas lácteas, iogurtes, engrossantes, leite artificial, bolachas, sucos prontos, bolos (por mais simples que seja), sorvetes, acréscimo de açúcar. Nada de tirar um pedacinho da carne de porco assada pra ela chupar. Um 'tequinho' de linguicinha, sabe? Isso não significa que a Carol não coma 'alimentos adultos'. Ela come sim, mas adequado para ela. Acho importante dizer que, para quase todos esses exemplos que citei, existem alternativas caseiras e saudáveis, que estou pesquisando e aprendendo a fazer para ela. O tempo/idade é uma questão que considero bastante, pois quanto maior ela ficar, mais opções serão liberadas. No dia a dia, outras regrinhas básicas e populares fazem parte da nossa rotina. Umas a gente quebra, adapta e bola pra frente! Afinal, não existem bebês e famílias iguais, não é?! Tem quem ache um exagero, uma coisa diferente, duvidosa, bacana... É um tema que divide opiniões. Mas, pra nós funciona bem, me sinto feliz em agir dessa forma, consciente e confiante de que estou trabalhando da melhor maneira possível na iniciação dos hábitos alimentares da minha filha. 

Tendo esclarecido os nossos princípios para que vocês entendam melhor as decisões que tomamos, agora posso contar como foi o famigerado início da IA da Carol.

- START - 

Não começamos exatamente quando ela completou 6 meses. Levou umas duas semanas, eu queria pesá-la antes. Trabalhei a minha consciência para não criar muitas expectativas sobre a aceitação dela sobre aos alimentos. Tinha em mente que ela podia cuspir muito, levar dias para aceitar um alimento ou outro. Não comprei a frutaria inteira para esse momento. Ficamos bem de boa mesmo.

Primeiro, começamos com o clássico: A banana.


A primeira vez da vida dela!

Carol estranhou bastante, cuspiu, fez caras e bocas... Rejeição total! heheheh! Dei na colherzinha, deixei que pegasse, mas ela não se interessou muito em explorar a fruta. No dia seguinte, tentamos mais uma vez e ela passou comer um pouquinho mais. Mas ainda não estava curtindo. Percebi que meu lado "main" queria fazer uma neura sobre a situação e me deixar com medo. Então parei tudo e fui retomar meus estudos no final de semana. No blog Colher de Pau, da rede de blogs Vila Mamífera, a autora (e consultora de nutrição infantil) defende que a IA deve acontecer da forma mais natural possível. O bebê não é um robô, pra gente decidir o dia e a hora que ele vai começar a comer. A comida da família também é a dele, e deve ficar a disposição do bebê, JUNTO com a família, para que a curiosidade desperte e ele aproveite o momento com prazer. Fiquei mais tranquila e decidi em continuar a oferecer, respeitando muito os limites da Carol.
 Depois passamos para o mamão. E aí as coisas começaram a melhorar muito! Já posso dizer que é a fruta preferida dela. A partir do 4º dia de IA, tem sido uma beleza.
Na 2ª semana, optei por iniciar os alimentos 'salgados', ofereci legumes e ela comeu numa boa!
Pra resumir, nas primeiras 04 semanas, a Carol já estava comendo:
- banana prata (comeu bem no início mas ultimamente não tá querendo);
- mamão;
- cenoura;
- batata inglesa;
- batata doce;
- batata baroa;
- inhame;
- cenoura;
- abobrinha;
- chuchu.
- frango cozido e processado (dei pra ela no fim do primeiro mês)

Na hora do almoço, ela come os "salgados" (aqui é praticamente zero sal), às vezes fruta e durante a tarde, fruta.
A partir da 5ª semana, eu introduzi carne bovina (músculo cozido e processado), e novos alimentos:
- pêra (comeu mas não gostou muito);
- manga;
- maçã (também rolou um pouco de rejeição);
- melão;
- beterraba (ela adorou);
- espinafre;
- peixe (ela adorou também);
-arroz;
-lentilha;
- gema;

Aumentei a quantidade de refeições, oferecendo jantar e também começei a dar ÁGUA (e ela aceita bem!). Acredito que a principal mudança no 2º mês é que eu passei a combinar mais os alimentos, as frutas, e a temperar as "papas" salgadas, com um fio de azeite de oliva, cebola, alho, tomilho, cheiro verde e louro. Ela sentiu a diferença e aprovou! Agora quero usar alho poró também. Nas primeiras semanas eu não fiz exatamente uma papa, porque quero que a Carol mastigue,  os primeiros dentinhos estão aparecendo, e como a gengiva está pré-dente, é portanto, capaz de mastigar alimentos bem macios. Mas quando passei a combinar carne com legumes, precisei deixar a consistência um pouco mais pastosa, ou com um caldinho (quase uma sopinha mesmo), ainda assim, cheia de pedacinhos pra ela mastigar. As carnes eu processo, mas sempre deixo uns fiapos, tipo uma fibra. Também estou misturando algumas frutas q ela já conhece. Não ofereço carne todos os dias. Até porque o intestino dela já deu os primeiros sinais que me indicam para ir com calma. Com o intestino segurando mais, passei a ser mais estratégica, intercalando com os alimentos que soltam o intestino. Mamão e manga são meu fortes aliados, para fazer a barriguinha da Carol trabalhar.

O saldo desses dois primeiros meses de IA é muito positivo. Graças a Deus, até agora não tive problemas sérios com rejeição de alimentos, prisão de ventre mais severa, alergias alimentares ou outra coisa parecida. Tem dias que ela come mais, outros, menos e às vezes nada. Levo numa boa, pois o alimento principal dela é o leite materno, que continua no esquema da livre demanda. A amamentação não foi prejudicada pela IA.

Mas e o suco?
Deixei ela experimentar o básico suco de laranja lima uma vez, tomou bem pouquinho. E não fiz mais, prefiro que ela consuma a fruta in natura. Aprendi que ao fazer o suco (de qualquer fruta), o índice glicêmico é alterado, sujeitando o organismo trabalhar mais contra a insulina, podendo criar uma propensão para o desenvolvimento de diabetes. Então eu optei por não fazer, até porque não é uma necessidade, pelo menos até ela completar o primeiro ano.

Daqui pra frente é introduzir mais alimentos, fazer novas combinações, até que ela participe totalmente da alimentação da família, quando completar 1 ano. Na minha mira estão o abacate, fígado de frango, couve, quinoa, brócolis, feijão e melancia, como os próximos itens a entrar no cardápio.
É muito bom preparar as comidinhas dela, gosto de cozinhar, refogar com temperinhos variados, juntar tudo e... Provar. Sim! Eu provo antes e tenho que achar delicioso. Bebês também gostam de comida bem feita. Mas nem sempre consigo ter algo pronto pra sair com ela, por exemplo. Apesar de ter vários alimentos prontos/congelados, já passei por situações em que tive que improvisar a comidinha dela fora de casa. Descobri que em Curitiba, tem uma loja da Empório da Papinha, que vende papinhas orgânicas. Estou disposta a provar e se gostar, oferecer pra ela. Quando isso acontecer, conto aqui!

Chega de falar das comidinhas da Ana Carolina. Fiquem com algumas fotos da nossa jornada!

Descobriu imediatamente que gosta de mamão.

Iniciando os "salgados".
Mix básico de legumes, presente em quase todas as papinhas.

Pode não aparentar, mas o gosto é ótimo!


Comendo um 'gelado de mamão'(mamão batido com gelo).
Fazia 30/32º graus em Curitiba.

Animada pro almoço!

Prestes a experimentar beterraba. 

Beterraba aceita com sucesso!


Vésperas de completar 8 meses. Comendo que é uma beleza!




No nosso Instagram e no facebook do blog tem mais fotos! 
Blogs que eu acompanho e retiro informações valiosas, inspirações para receitas: Colher de Pau e As Delícias do Dudu.

Um comentário:

  1. Que linda !!! aqui iniciamos com vegetais e legumes amassadinhos e frutas ao longo do dia agua suco de laranja lima e mama ....no 7 mês introduzimos carne de frango e boi sem gordura e agora com 8 janta e almoça antes era so almoço amaa pera e odeia agua rs mais tem que oferecer tão bom ver crescer ver evoluir bem um bj nesta linda e to contigo nada de doces processados farinhas blé

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