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04 agosto 2014

Amamentação: Os hormônios que fazem acontecer

[continuação do post 'Livre Demanda, Produção e Controle da Composição do leite Materno']
Hoje, encerro a minha primeira conversa sobre Amamentação, com algumas curiosidades! Não que você seja obrigada (o) a saber.... Mas se souber, melhor pra você! São informações como estas que nos ajudam a compreender melhor o corpo feminino.


Quando a mulher fica grávida, além de gerar o filho, o corpo se prepara para amamentar. Esse preparo é chamado de Lactogênese, divido em períodos específicos. Na Lactogênese fase I (durante a gestação), vários hormônios agem durante a gestação preparando as mamas para a amamentação. Por exemplo, ocorre a liberação de Estrogênio (que faz a ramificação dos ductos lactíferos), Progestogênio (formação de lóbulos), Lactogênio placentário (crescimento mamário), a Prolactina e outros.

Mas deixa eu te falar que

* A produção de leite acontece graças a Prolactina!
Apesar desse hormônio  aparecer em várias fases desde a gestação, quero destacar que  o estímulo dele é fundamental para o leite materno ser produzido. Uma grande quantidade de prolactina é liberada após o nascimento do bebê dando início à Lactogênese fase II e a secreção do leite.


*Como é possível o leite sair? Sim.... Pela sucção do bebê. Mas o que muita gente não sabe é  que a sucção faz mais! A sucção libera um hormônio que faz os alvéolos se contraírem e o leite ser ejetado. O mesmo também é liberado em resposta a estímulos condicionados: visão, cheiro, choro, emoção... Que hormônio é esse?

 OCITOCINA! ♥
Sim, o hormônio do amor!



Após da descida do leite (geralmente até 1 semana após o parto), a Lactogênese entra na fase III e se estende por todo o período da amamentação. Depende da sucção do bebê e do esvaziamento das mamas. Se as mamas não forem esvaziadas, a produção é freada através de uma inibição mecânica ou química. Existem substâncias chamadas "peptídeos supressores da lactação", que farão essa inibição acontecer e a produção de leite cair. Esse é mais um motivo para explicar a importância da amamentação, se o bebê mama regularmente (e principalmente, em livre demanda), a reposição total do leite está garantida.
A prolactina atua de maneira ritmada, com pulsos de produção durante à noite e apoiada pela sucção (estímulo de ocitocina). Se a mãe não amamentar em 2-3 semanas, os niveis básicos de prolactina cairão para os índices anteriores à gravidez.

E isso minhas amigas, quer dizer que, se queremos sucesso nessa fase, não importa a situação; 
NÃO PODEMOS PARAR DE AMAMENTAR!!!


Bem, acho que essa é a maneira científica de explicar que amamentar é uma coisa tão maravilhosa e necessária. Enquanto as mães oferecem o peito aos seus bebês, seus corpos são bombardeados por ocitocina, que produzem uma das melhores sensações do mundo. É por isso que nos sentimos as melhores que podemos ser, quando vemos nossos bebês tão satisfeitos em mamar. Aquele agonia que a gente sente ao ouvir nossos filhos chorarem, uma vontade louca de pegar eles no colo levar pra longe de tudo e acalmá-los com o nosso colo e nosso leite... É a ocitocina que corre e grita até que a gente tome uma atitude. É o corpo que atende ao chamado do bebê que foi para fora. E esse corpo agora trabalha numa força tarefa mais que especial, para garantir a nossa capacidade de alimentar, proteger e viabilizar momentos tão preciosos...

Amamentar é amar.

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